Em noite de jornada inaugural na Luz, 48 902 mil responderam à chamada e assistiram ao vivo a um Benfica amorfo e pálido, numa primeira parte não condizente com os pergaminhos de um campeão nacional. Pela frente uma Académica sem nada a perder, com várias caras novas, e uma lição bem estudada.
Na etapa inicial só deu Académica, chegando, com naturalidade à vantagem com um golo num lance de bola parada, onde mais uma vez, a defesa encarnada falhou nas marcações à zona.
Depois do intervalo, com a saída do “miserável” C.Peixoto (troca por Jara), com um sistema em 4x3x3, e a expulsão justa por acumulação de Ady, logo aos '50, o Benfica carregou e tentou inverter os acontecimentos.
Chegou ao empate com bela iniciativa na esquerda de Coentrão, o melhor dos encarnados, a servir de bandeja o golo ao estreante Jara, que à boca da baliza só teve de emendar.
Depois disso, o Benfica continuou desesperadamente à procura de novo golo, ao que a Académica respondeu com o estacionamento do “autocarro”, e a tradicional queima de tempo das equipas mais “pequenas”.
Já nos descontos, e após vários lances de contestação encarnada, lances sobre Saviola (carga pelas costas sobre a linha da grande área) e Javi Garcia (pontapé na sola do espanho)l dentro da grande área e ambos com o árbitro de frente para o lance e em boa posição para julgar, os visitantes saíram, após domínio da bola com o braço dentro da grande área, para um rápido contra-ataque, em que a 40 metros da baliza Laionel, disparou em arco para a gaveta, fazendo um golo de bandeira não dando qualquer hipótese a Roberto e gelando completamente a Luz.
Entrada em falso do campeão nacional em título, que apesar das largas queixas sobre a actuação de Cosme Machado, não demonstrou o futebol que praticou na época transacta.
Nota: Este texto não se rege pelo acordo ortográfico.
Fernando Novais
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